data: 01/09

horário: 20h

local: Sala do Coro do Teatro Castro Alves

Compre Ingressos: clique aqui

classificação: 12 anos

valor: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Denise Stutz (RJ)

MOSTRA ARTÍSTICA

Uma mulher narra um sonho que se repete todas as noites. A partir dessa ficção, Denise Stutz une no monólogo “Só” palavra e movimento para dar ritmo ao corpo. Utilizando aspectos da dança e do teatro, a artista tem como interesse as maneiras de criar narrativas utilizando a voz como corpo, o texto como movimento e as palavras como afeto.

Tomando como referência autores como Jorge Luis Borges e Samuel Beckett, a artista mineira que vive no Rio de Janeiro começou há alguns anos escrever o texto do solo. “A minha primeira ideia era refletir sobre a passagem do tempo e a velhice, só que hoje, com tantas coisas vividas no país e no mundo, olho para o desaparecimento e o que foi desaparecido”, diz Denise, que contou com a colaboração da atriz e diretora Inez Viana.

O trabalho é uma reflexão sobre o tempo. A questão do desaparecimento e da continuidade surge como uma brecha possível entre o espectador e a intérprete. O interesse na relação do existir com a presença que vai desaparecer é conduzida por uma narrativa em que as fronteiras do teatro precisam ser borradas para que essa história se transforme em outra. Ao espectador, fica no final o encargo de dar continuidade à sua existência ou decidir pelo seu desaparecimento.

“Só” é a história de uma mulher que por anos prepara o seu último encontro com o seu público. Ela divide a sua história para entender sua existência e o sentido de toda uma vida dedicada à arte da dança e da representação e é nesse último encontro que alguém vai tomar seu lugar para continuar a sua história ou inventar uma outra.

A dança e o movimento para a atriz e diretora de teatro Inez Viana têm movido suas experiências no teatro com referências artísticas na dança, e esse interesse foi essencial para que ela aceitasse o convite para colaborar nesse projeto. A relação entre dança e texto e como produzir movimento e presença a partir da palavra são utilizados nos trabalhos de Denise Stutz desde 2003. No entanto, essa é a primeira vez em que se estabelece um diálogo direto com uma outra diretora/pesquisadora/artista, abrindo discussão sobre a interrelação e os desdobramentos possíveis no encontro do teatro com a dança.

Ficha técnica:
Texto, interpretação e direção: Denise Stutz
Colaboração artística e interlocução: Inez Viana
Direção técnica: Daniel Uryon
Músicas: Danúbio azul – Johann Straus II e Sirtaki – Míkis Theodorákis
Idealização: Denise Stutz

Sobre Denise Stutz
Em 1975, junto com outros dez bailarinos, fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção. Foi professora da Escola Angel Vianna durante seis anos. Em 2003, começa a desenvolver seu trabalho solo, se apresentando nas principais capitais do Brasil, França, Espanha, Portugal, África e Austrália. Seus três trabalhos solos foram apontados pelo jornal O Globo como um dos dez melhores espetáculos no Rio nos anos de 2004 (“DeCor”), 2013 (“Finita”), 2015 (“EntreVer”). Seu mais recente trabalho, chamado “Só”, foi considerado destaque também pela crítica do jornal O Globo na programação do Festival Panorama da Dança (2018). Trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho como coreógrafa nas minisséries: “Hoje é Dia de Maria”, “Capitu” e “Clarice Só para Mulheres”, e fez parte da equipe para a preparação dos atores da novela “Velho Chico” (TV Globo). Foi duas vezes selecionada pelo projeto Rumos Itaú Cultural com os trabalhos “Justo uma imagem” e “EntreVer”.

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Produção

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